Astrologia e livre arbítrio

Quando vejo alguém criticando a astrologia, a primeira pergunta que faço é se estudou o assunto que está discutindo. Não conheço ninguém que tenha estudado seriamente a ciência e tenha algum desprezo por ela. Incluindo aí Percy Seymour, que, inicialmente cético, escreveu obras importantes sobre a evidência científica da astrologia, e eu mesmo, hoje apaixonado pelo assunto, outrora crítico ferrenho. A astrologia não é um oráculo de adivinhação. Ela fornece em suas previsões possibilidades e compete a cada um de nós tomar as providências. Ao se estudar um mapa natal ou um trânsito de planetas, hoje ou daqui dez anos, sempre teremos as mesmas informações porque o movimento dos planetas a partir de certos referencias terrestres não muda.

A Astrologia está baseada em uma observação do movimento dos astros por mais de 3 mil anos e na qual se observou padrões. Sabemos que uma série de homens e mulheres, durante muito tempo, em vários lugares do planeta começou a observar que certos acontecimentos se repetiam com frequência quando astros- observáveis primeiramente a olho nu- estavam em uma determinada posição, em um momentos específicos, formando ângulos entre si.

Trata-se de uma ciência que está baseada essencialmente na observação a partir da Terra e de movimentos na Natureza.  Não será válida mais, por exemplo, a partir de estações espaciais em outro ponto da Galáxia.

A descoberta de novos corpos celestes tampouco invalida a atual astrologia. Ao contrário, poderá enriquecer a disciplina quando, a partir de longas e criteriosas observações, se descobrirem padrões.

O que estudam os astrólogos vai muito além dos horóscopos diários, sempre generalistas. As previsões mais detalhadas e assertivas dependem do mapa astral de cada pessoa. O mapa astral, como ensinou meu mestre Robson Papaleo, é o manual de instruções de um indivíduo. E ele aponta não necessariamente o que a pessoa é, mas o que deveria ser. No decorrer do tempo, influências sociais, familiares, religiosas e políticas podem encobrir a essência de uma pessoa com máscaras, papéis, personas.

Nesse momento você pode estar se perguntando o que é mapa astral ou natal. Trata-se de uma fotografia de como estava o céu no local e no momento exato de seu nascimento. Nele podemos ver em que signo estavam o Sol, a Lua e demais planetas do sistema solar e qual a relação entre si.  O mapa apresenta potenciais, que poderão ou não ser aproveitados, caminhos mais fáceis e também tensões e conflitos, além de comportamentos que o indivíduo poderá ter em determinadas áreas da vida e quais áreas terão mais relevância em sua vida.

Conhecer o mapa astral é reconhecer que cada indivíduo carrega consigo características muito próprias, nunca erradas, mas apenas diferentes entre si. Trata-se de um primeiro aspecto que contraria as religiões ocidentais que pregam um modelo único de perfeição.

Da mesma maneira, as previsões não são fatalistas e tampouco anulam o livre arbítrio do ser humano. É como a previsão do tempo. Desejando ir à praia, um turista poderá ver se choverá ou não. Como será o trajeto, com neblina ou sol. A partir daí tomar suas decisões e as devidas precauções.

Conhecer o mapa natal a fundo e também previsões poderá poupar o indivíduo de dissabores e tensões desnecessárias ou aproveitar melhor oportunidades que lhe surge.

Serviço:

AstroRica

Mapa Astral, Previsões e Trânsitos

ricardotbhida@gmail.com

 

Ricardo Hida é astrólogo, tarólogo e babalorixá. Autor do livro Guia para quem tem Guias – Desmistificando a Umbanda. Apresentador do programa “Encontro Astra”, todas às terças-feiras, às 19h30, na rádio Vibe Mundial, 95,7 FM.

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