Otimismo faz bem? Depende!

Podem jogar pedras. Mas é preciso trazer uma discussão à tona. Otimismo pode causar muitos, mas muito mesmo, danos, quando mal acompanhado.

Tomemos, como exemplo, o nosso país: há muito tempo se fala que Deus é brasileiro, que somos o país do futuro e até o coração do mundo e Pátria do Evangelho. Gerações cresceram acreditando que seríamos uma grande potência. Era apenas uma questão de tempo: o despertar do gigante. Fala-se da esperança como grande virtude de nosso povo, assim como a gentileza (Oi?).

O que se vê, no entanto, é uma nação sem rumo, com alto índice de violência, muita gente desesperada nas filas de hospitais públicos e 70 milhões de brasileiros, segundo o DataFolha, com vontade de deixar o país.

É bem verdade que há pessoas muito generosas, talentosas, competentes, gentis e pacíficas. Assim como uma minoria violenta, desonesta, perversa e corrupta. Cada grupo em um extremo de uma régua.

A grande maioria de nosso povo, no entanto, permanece inerte. Cumprindo com suas tarefas, “vivendo sua vidinha”, e aguardando, com otimismo, a chegada de um Messias. Um salvador religioso, político e até esportivo.

Situações boas ou ruins, para a maioria das pessoas, simplesmente acontecem. Assim como a queda ou subida da temperatura. Falamos dos  brasileiros como se fôssemos de uma outra nacionalidade. Preferimos nos jogar aos pés de altares nas igrejas que mudarmos a direção de nossas caminhadas. É mais fácil jogarmos a responsabilidade de nossos problemas à influência de espíritos malignos que perceber a irresponsabilidade que temos com nossas atitudes.

Acreditamos em soluções mágicas para transformar realidades. Não que magia não exista e possa ser eficiente,  ela pode ajudar, mas nunca ser eficaz.

Certa vez um mentor meu, em uma de nossas giras, perguntava no que acreditavam as pessoas que rezavam pela vitória de um time em uma partida de futebol. Que Deus, através do Espírito Santo, empurrasse a bola para um campo e não para outro? Para essas pessoas, o Altíssimo seria torcedor de um time e não do outro? Ou a reza mais forte conduziria a vitória de uma equipe?

Uma oração ou um pensamento positivo devem sempre ser acompanhados por  disciplina, dedicação, estudo e trabalho bem feito. E o resultado natural é o sucesso.

O verdadeiro espiritualista pode -e deve- pensar positivamente, mas junto com a confiança em si e nas forças superiores, é preciso trabalho e movimento.

Muita gente prefere ficar horas ajoelhados na igreja ou em posição de meditação recitando mantras que acordar cedo e criar um fluxo energético através da ação.

Os guias da Umbanda, os mentores do Kardecismo, os anjos da guarda ajudam nos incentivando, inspirando em nossas decisões e protegendo quando estamos fazendo o melhor. Mas não podem operar qualquer mudança que não seja através de cada indivíduo.

O esperançoso “espera” e sabe que o bem passa através de uma porta aberta e uma estrada pavimentada. Mas só o otimista bem sucedido abre a porta e cria um caminho para as bênçãos seguirem em frente.

Ricardo Hida, Akindémi

Serviço:

CELV – Centro Espiritualista Luz e Vida

Giras abertas ao público:

Domingos: 10h00 às 12h00

Endereço: Estrada Balthazar Manoel, 745, Potuverá, Itapecerica da Serra – SP

 

Ricardo Hida é astrólogo, tarólogo e babalorixá. Autor do livro Guia para quem tem Guias – Desmistificando a Umbanda. Apresentador do programa “Encontro Astra”, todas às terças-feiras, às 19h30, na rádio Vibe Mundial, 95,7 FM.

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