Ritual para fazer seu próprio amuleto da sorte
por Barbara Teisseire
Quem nunca teve ou quis um amuleto da sorte que atire a primeira pedra. Dólar da sorte, moedinha, pé de coelho, olho de boi, ferradura, trevo de quatro folhas, figa e por aí vai. Os amuletos têm diversas formas e significados desde o Egito Antigo, com o Olho de Hórus.
O primeiro relato que temos deles sendo usados no Ocidente é na Roma Antiga, que o filósofo Plínio, o Velho, registrou em sua obra “História Natural” de 79 a.C. o uso destes objetos com 3 principais finalidades: proteção do mal, evitar enfermidades e cura de doenças. Com a ascensão do Cristianismo, os amuletos ganharam rótulos negativos e pagãos, chegando à proibição de seu uso por décadas.
Ao longo do tempo, a miscigenação de culturas trouxe o uso destes talismãs à tona novamente e eles voltaram a ser usados como símbolo de sorte e proteção.
Os símbolos mais usados em amuletos dentro da religião Wicca são:
- Pentagrama: estereotipado como símbolo de satanismo, o pentagrama é sagrado dentro de muitas tradições. Ele representa os 4 elementos: água, terra, fogo e ar, sendo o 5º a junção do 3 (princípio masculino) com o 2 (princípio feminino). Seu significado como um todo tem relação com o matrimônio, a realização e a felicidade.
- Olho de Hórus: representa a justiça do “olho que tudo vê” de Hórus, deus egípcio com cabeça de falcão que é mediador dos mundos. Contém um disco solar, por ser o deus do sol nascente, com asas de gavião. Simboliza a dedicação a rituais e leis e o enfrentamento da luz contra as trevas.
- Medalha: normalmente contendo temas religiosos, o símbolo retratado na medalha tem vínculo com o usuário para protegê-lo e lhe dar sorte.
Apesar disso, um talismã protetor pode ser qualquer joia, bijuteria, sachê que o usuário portará com ele a todo tempo. Para transformar um objeto em amuleto é preciso colocar em prática um ritual bem simples:
Material:
- Incenso de sândalo
- Vela branca
- Essência de lavanda
Como fazer:
Antes de tudo, é preciso dar um banho de água com sal grosso e depois algumas gotinhas da essência de lavanda no objeto, visualizando a energia de todos que o tocaram se esvair e ele sendo purificado. Ao terminar, seque com delicadeza.
Decida qual será a função do seu talismã. Pode ser para afastar energias negativas, doenças e desastres ou atrair amor, sorte e positividade. Quem sabe o que está procurando é você.
Acender a vela e o incenso. Sempre de frente para a vela e com o talismã entre seu corpo e ela, passe a fumaça do incenso por toda a volta do objeto diversas vezes. A vela branca evoca transformação e purificação, enquanto o incenso de sândalo tem conexão com essência divina. Para finalizar, é importante visualizar o amuleto em você e exercendo o poder dele.
Você pode ter quantos amuletos quiser com a função que desejar, apenas lembre-se de mentalizar o lhe foi atribuído antes de usá-lo para que o poder desperte.
Ricardo Hida é astrólogo, tarólogo e babalorixá. Autor do livro Guia para quem tem Guias – Desmistificando a Umbanda. Apresentador do programa “Encontro Astra”, todas às terças-feiras, às 19h30, na rádio Vibe Mundial, 95,7 FM.
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